O que é Alienação Parental e Como Provar?

imagem de uma mulher abraçando uma criança alienação parental

A alienação parental é um fenômeno que ocorre quando um dos genitores, ou até mesmo outros familiares, influenciam negativamente a relação da criança com o outro responsável. Essa prática pode causar danos emocionais profundos e, em muitos casos, leva a conflitos judiciais.

O que é Alienação Parental?

Alienação parental acontece quando um dos pais ou responsáveis interfere na percepção da criança sobre o outro genitor, criando sentimentos de rejeição, medo ou desconfiança. Isso pode ocorrer de diversas formas, como:

  • Falar mal do outro genitor na frente da criança;
  • Impedir ou dificultar o contato da criança com o outro responsável;
  • Fazer falsas acusações de negligência ou abuso;
  • Criar histórias que gerem medo ou insegurança sobre o outro responsável;
  • Influenciar a criança a tomar partido em conflitos entre os pais;
  • Recusar-se a compartilhar informações importantes sobre a criança, como boletins escolares e dados médicos;
  • Incentivar a criança a chamar um novo parceiro de “pai” ou “mãe” para diminuir a importância do outro genitor e não por vontade livre da criança.

A alienação parental pode acontecer de maneira sutil ou explícita e, caso não seja interrompida, pode prejudicar seriamente o desenvolvimento emocional da criança. Crianças submetidas a esse tipo de situação podem desenvolver ansiedade, depressão, baixa autoestima e dificuldades em estabelecer relações saudáveis na vida adulta.

Como Provar Alienação Parental?

A comprovação da alienação parental pode ser um grande desafio, pois muitas vezes não há provas diretas e concretas. No entanto, existem algumas formas de reunir indícios para apresentar em uma ação judicial:

  1. Mensagens e Áudios
    • Guardar prints de conversas, áudios ou e-mails onde o outro genitor desqualifica sua imagem perante a criança. Essas provas digitais podem ser essenciais para demonstrar a alienação.
  2. Relatos da Criança
    • Se a criança relatar situações de influência negativa, anote datas e contextos. Registros escritos podem ajudar a criar uma linha do tempo clara dos acontecimentos.
  3. Testemunhas
    • Familiares, amigos e professores podem ser testemunhas de mudanças no comportamento da criança ou de episódios de alienação. Relatos de terceiros são importantes, pois podem confirmar padrões de comportamento alienador.
  4. Relatórios Psicológicos
    • Um laudo de um profissional especializado pode identificar sinais de alienação parental na criança. O acompanhamento psicológico pode ser um aliado na proteção da saúde emocional do menor.
  5. Descumprimento de Decisões Judiciais
    • Se houver descumprimento de visitas ou acordos de guarda, isso pode ser usado como prova. Registros de tentativas frustradas de visitação ou contato devem ser documentados e apresentados ao juiz.

O Que a Lei Diz Sobre Alienação Parental?

No Brasil, a alienação parental é regulamentada pela Lei nº 12.318/2010, que prevê punições para quem pratica esse tipo de comportamento. Entre as medidas que podem ser adotadas pelo juiz estão:

  • Advertência ao alienador;
  • Estabelecimento de multa;
  • Aumento da convivência do outro genitor com a criança;
  • Determinação de acompanhamento psicológico ou biopsicossocial;
  • Alteração do regime de guarda;
  • Em casos extremos, a suspensão ou inversão da guarda.

O principal objetivo da lei é garantir que a criança tenha uma convivência equilibrada e saudável com ambos os genitores, prevenindo danos emocionais irreversíveis.

Como Agir ao Suspeitar de Alienação Parental?

Se você acredita que está sendo vítima de alienação parental, algumas medidas podem ser tomadas para proteger seu filho e restabelecer uma relação saudável:

  1. Reúna Provas: Como mencionado anteriormente, documente mensagens, testemunhos e relatórios psicológicos.
  2. Busque Ajuda Profissional: Psicólogos e assistentes sociais podem avaliar a situação e emitir pareceres técnicos que ajudem no processo judicial.
  3. Entre com um Pedido Judicial: Um advogado especializado pode ingressar com uma ação para garantir que os direitos da criança e do genitor alienado sejam respeitados.
  4. Mantenha a Calma: Evite reagir de forma impulsiva, pois isso pode ser usado contra você no processo. Manter uma postura equilibrada e demonstrar interesse genuíno no bem-estar da criança é essencial.

Perguntas Frequentes Sobre Alienação Parental

1. Como a alienação parental afeta a criança?

A criança pode desenvolver sérios problemas emocionais, como depressão, ansiedade e dificuldades de relacionamento. Além disso, pode crescer com uma visão distorcida sobre o outro genitor.

2. Apenas os pais podem cometer alienação parental?

Não. Outros familiares, como avós, tios e até padrastos ou madrastas, também podem praticar a alienação parental ao influenciar negativamente a relação da criança com um dos genitores.

3. O que acontece se a alienação parental for comprovada?

O juiz pode aplicar penalidades, desde advertências até a alteração da guarda da criança, dependendo da gravidade do caso.

4. Como denunciar alienação parental?

Você pode denunciar o caso junto ao Ministério Público, procurar o Conselho Tutelar ou ingressar com uma ação judicial com o auxílio de um advogado especializado.

Conclusão

A alienação parental é um problema sério e pode causar traumas irreversíveis na criança. Caso você esteja enfrentando essa situação, é fundamental buscar ajuda jurídica o quanto antes para proteger os direitos do seu filho e garantir um ambiente saudável para seu desenvolvimento. Quanto mais cedo o problema for identificado e combatido, melhores serão as chances de restabelecer um relacionamento saudável entre a criança e o genitor afetado.

Se você precisa de orientação sobre um caso de alienação parental, entre em contato para uma consulta especializada. Um profissional qualificado pode ajudar a encontrar as melhores soluções para proteger sua relação com seu filho e garantir que a lei seja cumprida.

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